Estudo, planejamento e preparação. Esses são os 3 pontos principais para focar quando se tem filhos em idade escolar e chega o momento de mudança para os Estados Unidos.
A mudança para os Estados Unidos é um grande passo para muitas famílias brasileiras, e entender o sistema educacional é essencial para os pais que querem o melhor para seus filhos.
O calendário é invertido, o que faz com que seu filho volte um ano (ou 6 meses). As aulas têm inicio em Agosto e vão até Maio, com 3 meses de férias de verão e uma parada de cerca de 30 dias em Dezembro/início de Janeiro.
Continue lendo para saber mais sobre como funciona e quais são os pontos importantes no Sistema de Ensino Médio nos EUA.
Estrutura do Ensino Médio nos EUA
O ensino médio nos Estados Unidos, também conhecido como *high school*, geralmente abrange os grades 9 a 12, o que corresponde aproximadamente aos 14 aos 18 anos de idade. Diferente do Brasil, onde o ensino médio muitas vezes inclui um currículo fixo, o sistema americano é mais flexível, permitindo aos estudantes escolherem entre uma variedade de disciplinas eletivas, além das obrigatórias como inglês, matemática, ciências e história americana.
A opção de escolher algumas matérias torna o estudo muito mais interessante. Quer ver um exemplo disso? Seu filho pode escolher uma matéria como turismo, por exemplo. Além da amplitude e curiosidade que o tema representa, ele vai aprender muito de História e Geografia sob outra perspectiva. E, naturalmente, isso faz com que seu interesse e nível de engajamento seja muito maior.
E exatamente por terem a liberdade de personalizar parte de seu aprendizado, escolhendo cursos que correspondam aos seus interesses e planos futuros, tanto o aproveitamento quanto o aprendizado, acabam sendo muito maiores.
Também é possível se aprofundar em artes, tecnologia ou mesmo em programas de educação física. Essa flexibilidade pode ser um grande diferencial para o desenvolvimento individual de cada estudante.
Avaliação e Progressão
O sistema de avaliação é baseado em créditos. Os estudantes precisam acumular um número específico de créditos para se formarem, o que é feito ao passarem nas disciplinas que cursam.
As notas nos Estados Unidos são expressas em letras (A, B, C, D e F), onde A é a mais alta e F é reprovativa.
Algumas escolas usam um sistema mais detalhado que inclui os “pluses” e “minuses” (ex.: A-, B+) para fornecer uma avaliação mais precisa do desempenho dos alunos.
Esse sistema mais detalhado permite uma diferenciação mais fina no cálculo do GPA, onde, por exemplo, um A- pode valer 3.7 pontos e um B+ pode valer 3.3 pontos. Essa prática, contudo, não é uniforme em todas as escolas. Cada distrito escolar ou instituição pode adotar sua própria política de avaliação. Portanto, é comum encontrar variações na forma como as notas são atribuídas e calculadas em diferentes escolas.
O GPA(Grade Point Average), aliás, é uma escala numérica que geralmente vai de 0 a 4.0, embora algumas escolas possam usar uma escala que vai até 5.0 para cursos de nível avançado, como Honors e Advanced Placement (AP).
Neste sistema, as notas dos alunos em suas disciplinas são convertidas em pontos (por exemplo, A = 4, B = 3, C = 2, D = 1, e F = 0) e depois calculadas para formar uma média que reflete o desempenho geral do aluno ao longo do ensino médio. Este GPA é um dos fatores considerados no processo de admissão em universidades.
Um GPA considerado bom pode variar dependendo do contexto e das expectativas das instituições de ensino superior. Em geral, aqui estão algumas orientações sobre como um GPA é frequentemente visto nos Estados Unidos:
· GPA de 3.0 a 3.5: Considerado bom; indica que o aluno geralmente recebe notas entre B e A-.
· GPA de 3.5 a 3.7: Considerado muito bom; indica um desempenho acima da média, com muitas notas sendo A- ou melhores.
· GPA acima de 3.7: Considerado excelente; reflete um alto nível de conquistas, com a maioria das notas sendo A.
Em escolas que utilizam uma escala de GPA até 5.0, os valores podem ser mais altos, mas a interpretação relativa das faixas de GPA permanece similar.
Para admissões em universidades competitivas, um GPA mais alto é frequentemente necessário, e estudantes com GPA acima de 3.5 têm geralmente melhores chances.
Adaptação Cultural, Social e Desafios Linguísticos
A adaptação a um novo sistema educacional pode ser desafiadora. Os estudantes brasileiros precisam se acostumar não apenas com um novo idioma, mas também com um estilo de ensino que valoriza muito a participação em sala de aula, o pensamento crítico e a interação em projetos de grupo.
Dominar o inglês é fundamental. Muitas escolas oferecem programas de ESL (English as a Second Language) que podem ajudar os novos alunos a melhorar suas habilidades no idioma.
Integração Social e Envolvimento dos Pais
Participar de atividades extracurriculares como esportes, música ou clubes de ciências é uma excelente maneira para os estudantes se integrarem e fazerem novos amigos. Isso também pode ser uma parte valiosa da experiência educacional, ensinando habilidades importantes como trabalho em equipe e liderança.
E, claro, não pode faltar o total apoio, amparo e atenção dos pais nesse processo transitório, principalmente nos primeiros meses.
A participação dos pais é encorajada nas escolas americanas. Isso inclui participar de reuniões com professores, assistir a eventos escolares e apoiar os filhos em suas atividades extracurriculares. A proximidade com o ambiente escolar pode fazer uma grande diferença no desempenho e bem-estar do estudante.
Recursos Úteis
Existem diversos recursos que podem ajudar as famílias brasileiras a entenderem melhor o sistema de ensino americano. Sites como o Departamento de Educação dos EUA oferecem guias e informações atualizadas sobre as políticas educacionais. Além disso, fóruns e redes sociais para expatriados podem ser úteis para compartilhar experiências e dicas