Por que grandes redes dos EUA contratam funcionários que não falam inglês fluente?

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Em lojas por todo os Estados Unidos, um silencioso exército de trabalhadores desafia diariamente um dos maiores mitos sobre o mercado de trabalho americano. Das prateleiras do Walmart aos caixas da Ross, das cozinhas do McDonald’s aos corredores da Home Depot, milhares de funcionários desempenham suas funções com um conhecimento limitado do idioma oficial do país.

Esse fenômeno não é acidental, mas resultado de uma estratégia empresarial que vem se desenvolvendo há mais de duas décadas. À medida que a demografia americana mudava, com o crescimento da população hispânica e o aumento da imigração, as grandes redes varejistas adaptaram seus modelos para aproveitar essa nova força de trabalho.


A lógica por trás das contratações

A matemática por trás dessa estratégia é simples. Em um setor conhecido por suas margens apertadas e alta rotatividade, a disponibilidade de mão de obra disposta a trabalhar por salários relativamente baixos se tornou fator decisivo. Funcionários que não dominam o inglês tendem a permanecer mais tempo nos mesmos empregos, criando uma base estável de trabalhadores experientes.

As empresas desenvolveram sistemas sofisticados para superar a barreira linguística. Em muitas lojas, a comunicação se dá através de códigos visuais — cores, números e símbolos substituem instruções verbais complexas. Aplicativos de tradução instalados em tablets e smartphones tornaram-se ferramentas padrão em departamentos de recursos humanos.


As vantagens para as empresas

Esse modelo apresenta benefícios claros para as redes varejistas:

  • Ampliação do pool de candidatos, permitindo que as lojas mantenham seus quadros completos mesmo em períodos de baixo desemprego
  • Redução da rotatividade, pois muitos funcionários valorizam a estabilidade oferecida
  • Habilidades específicas, como capacidade de se conectar com clientes de origens similares

Em áreas com alta concentração de determinados grupos étnicos, muitos gerentes aprenderam o básico do espanhol, português ou crioulo haitiano para facilitar a comunicação.


Setores que mais empregam não fluentes em inglês

  1. Varejo (Walmart, Ross, Marshalls, lojas de departamento)
  2. Restaurantes/Fast-Food (McDonald’s, redes de cozinha étnica)
  3. Construção Civil (obras e serviços gerais)
  4. Agricultura (colheita e processamento de alimentos)
  5. Hotéis e Limpeza (camareiras, serviços de hotelaria)
  6. Transporte/Entregas (motoristas, ajudantes de carga)

Exigências mínimas de inglês: o realismo do mercado

Embora muitas vagas formais exijam “inglês básico” em suas descrições, a realidade nas grandes redes de varejo, restaurantes e serviços é bem mais flexível. Grandes empresas varejistas e redes de fast-food frequentemente adaptam suas exigências para regiões com alta concentração de imigrantes, aceitando candidatos que dominam apenas frases essenciais relacionadas ao trabalho — como:

  • “How much?” (quanto custa?)
  • “Card or cash?” (cartão ou dinheiro?)
  • “Aisle 5” (corredor 5)

Em funções que envolvem menos atendimento ao público (como reposição de estoque ou limpeza), o inglês é ainda menos relevante, com muitos treinamentos sendo conduzidos por meio de demonstrações práticas ou sistemas visuais (cores, números e ícones).


Quando o inglês realmente importa?

A exigência aumenta em cargos que demandam interação complexa com clientes ou gestão de equipes. Supervisores, gerentes e atendentes de departamentos especializados (como eletrônicos ou farmácias) geralmente precisam de inglês funcional.

No entanto, até nessas posições, muitas empresas priorizam habilidades práticas e experiência prévia, oferecendo treinamentos linguísticos internos para promover funcionários dedicados. Em cidades como Miami, Houston ou Los Angeles, onde o espanhol ou outros idiomas são amplamente falados, até mesmo gerentes podem ser contratados com inglês limitado, desde que dominem a língua da comunidade local. O pragmatismo do mercado muitas vezes fala mais alto que os requisitos formais.


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